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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Falling

You know, I met someone. And she is like... bright. Not in a corny way, like a sunshine. But when I talk to her, she seems to understand me. And, yet, she seems to like talking to me, like we knew each other for a long time. I mean, we've just met, I don't know, couple days ago. I'm happy just to talk to her, even if it's only for 30 seconds. Bulshit, 30 seconds with her are like a blink - it proabably IS a blink. I don't know, I'm a mess, really confused.
Have to talk to her... or probably not, I mean, the only thing I do is to TALKING to her. Probably I should do something... really DO somenthing. Or... I don't know, I'm afraid. I'm probably being stupid. Yes, I'm being stupid. It would be easier if she could read my mind. Oh my God, no. She would know I've already pictured her on her underwear and this is really... embaracing.
I don't know...
(Pause)
Oh fuck, I'm falling. I can't fall in love again, please - PLEASE - God, You can't do this to me ONCE AGAIN. I don't deserve this, not now... I mean, I'm hurt, still. The other girl, she broke me, she broke my heart. God, You're such an ass.

Engraçado. O verbo 'to fall' em inglês pode ter a tradução para 'cair', no português literal. E cair, para nós, provavelmente, significa se machucar. É.
É, realmente, MUITA coincidência.

See ya, Sally.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Eu ando ridiculamente melancólica ultimamente. Pela minha cabeça já passaram pelo menos 15 idéias de textos tristes, mas eu as afasto para ver se assim paro de alimentar a pena que estou sentindo de mim mesma por estar tão sozinha. Porque há uma diferença entre se sentir só e estar de fato só. E eu estou só. Até minhas perpectivas lúdicas para o futuro estão em preto e branco. Até aquele trecho do Machado que eu gostava tanto, sobre toda pessoa ter uma alma de dentro e outra de fora, perdeu um pouco o sentido. Até meu melhor amigo - ele afirma ter encontrado Jesus. E se isso aconteceu, ele deixou de ser gay. Até a minha onda de dizer "meu melhor amigo é gay" não rola mais, mesmo porque, além dele, muito provavelmente, ter deixado de ser gay, há tempos que não conversamos, então, provavelmente, ele também deixou de ser meu melhor amigo. E pensar nisso me deixa mais melancólica ainda.
Eu estou desempregada, de férias, sem grana para viajar. A parte boa disso é que eu moro no Rio da Janeiro e, se parar de fazer esse tempo de merda, dá pra eu pegar um ônibus e ir à praia por apenas R$ 4,20. Senão, eu posso ficar em casa comendo como uma solteirona desesperada e sentindo uma vontade modesta, porém existente, de cometer suicídio.
Se alguém ler isso e tiver uma vontade genuína de me ajudar (a cometer suicídio, claro), descubra meu nome, me ache no orkut e sugira. Atenciosamente.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Era como se o amor doesse em paz

Quando ele girou a chave na porta eu já sabia que ele estava no corredor há alguns minutos. Não escutava seus passos, mas sabia que ele andava de um lado para o outro no corredor do andar, como se cada metro que ele andasse fosse lhe dar mais coragem para me dizer o que precisava. Eu já sabia, os pêlos do meu braço se arrepiavam e em meu estômago morava uma máquina de lavar. Levantei do sofá, fui até a janela e acendi um cigarro; daqueles que eu tinha, palavras minhas, para os momentos de tensão. Era mentira, eu fumava como uma chaminé, principalmente nos momentos mais relaxados da minha existência (especialmente pós-orgasmo).
Escutei a porta ranger e os passos dele no assoalho. As chaves tilintaram enquanto ele se aproximava, até a distância entre nós ser tão ínfima que eu podia sentir o calor do seu peito em minhas minhas costas, mesmo que não nos encostássemos. E seu cheiro, claro. Demorei a ouvir a voz dele, embora nós dois tivéssemos plena consciência de nossa proximidade.
- Você está fumando. - ele disse finalmente. Não foi uma pergunta.
- Estou.
- O que houve?
- Me responda você! - eu fui ríspida, olhei em seus olhos. Meu coração parecia a obra do prédio em frente.
Ele baixou a cabeça, sabia que eu já sabia.
- Quem é ela? - perguntei, a voz sufocada.
- Não é ninguém. Ninguém importante.
- Ninguém importante que foi o suficiente para você decidir ir embora?
- Eu nunca prometi que ficaria.
- Não com uma assinatura num papel. - virei de costas para ele novamente, os olhos dele me encarando era demais. Eu conseguia sentir minha garganta ardendo e fechando. Prendi a respiração para que meus olhos não me traíssem, úmidos.
- Eu não te traí, Sara.
- Traiu. Você traiu minha confiança, eu te dei tudo que eu tinha para dar e, nos últimos meses, você destruiu tudo. Era só você me olhar.
- Eu não queria te magoar nunca. Foi real entre nós, Sara.
- Eu preferia que tivesse sido tudo mentira.
Ele baixou a cabeça novamente, encostou a cabeça loira no meu ombro. Era perturbante sentir seu cheiro.
- Você partiu meu coração, Beni. Você destriui meu coração, minhas perspectivas de felicidade, tudo. - disse num fio de voz. Minha vontade era abraçá-lo, beijá-lo e voltar à nossa vida normal, mas não existia mais vida normal para nós dois. Era uma via de mão uníca agora.
Ficamos em silêncio, eu encostada na janela, olhando para um ponto estratégico de nada no céu; ele com a cabeça encostada no meu ombro. Não sei quanto tempo se passou até ele falar.
- Desculpe. Você é a última pessoa no mundo que eu tencionava magoar, juro.
Engoli em seco e me desvencilhei da cabeça dele em meu ombro. Eu sorri quando ele me olhou nos olhos e uma lágrima desceu pelo meu rosto. Eu pousei a mão no rosto dele, acariciei sua pele lisa e macia e, quando parei, ele pôs a mão em cima da minha. Peguei sua mão e dei um beijo - e lá estava todo o meu amor despedaçado junto com ele.
Fui até o quarto, os lençóis embolados em cima da nossa cama. Peguei uma caixa e uma mala pesadas, mas eu não precisava de ajuda, precisava aprender como carregar meus fardos e dores pesados sozinha.
Quando voltei para a sala, ele estava encostado na janela e parecia olhar para o mesmo ponto estratégico que eu mirava antes. Ao sentir minha presença ele se virou, mas fiz sinal para ficar onde estava.
- É melhor assim. Qualquer dia desses, enquanto você estiver no trabalho, venho aqui e pego o resto.
Ele me olhou e vi sua expressão: a agonia misturada com alívio que eu tanto temia.
- Adeus, Beni.
Eu saí para o corredor e esperei o elevador. Eu sabia que ele estava andando de um lado para o outro na sala, outra vez, mas não me importava mais. Eu o amava tanto que não podia mais me importar.
Entrei no elevador e me deixei escorregar até o chão. O amor me torturando como um carrasco e eu não tive medo de pedir que ele tivesse piedade de mim. E então a garganta espremida, o peito espremido, a vida espremida, espremi os olhos e a cabeça entre as mãos e, finalmente, eu chorei. De corpo e alma.