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sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

"... e saiba que não há tormento tão intenso quanto aquele que você me provocou"

Ele me olhou com aquela cara de lado. Aquela cara que só podia significar duas coisas: ou que estava achando graça, ou que estava achando um absurdo. A quantidade de palavras que eu sou capaz de proferir em um minuto coincide com a quantidade de expressões que ele pode produzir com o rosto em relação ao que eu estou falando. E assim fica ridiculamente fácil nos entendermos. Então sorrimos.
Volta e meia se para e fala em saudade; se já sentimos saudade morando a 3 ou 4 quarteirões um do outr0, imagina quando estivermos em estados, em países diferentes? Eu digo que ele sempre estará no meu coração e recebo mais uma expressão; essa de indignação, incredulidade, medo e um vesperismo desagradabilíssimo - e ironia, nosso tempero de praxe. Dou um soquinho e falo alguma coisa boba, só porque não sei como colocar em palavras que, mesmo que ele queira, não existe mais porta de saída pra ele de dentro de mim.
A chuva completamente surreal, em seu surgimento e teor, o engarrafamento, mais ou menos mais uma hora de infinitos tópicos de conversas, histórias, gargalhadas, mordidas, careta, saudade.
Abraço e aquele suspiro fundo, pra guardar o cheiro do momento. Um beijo bem pressionado na bochecha no caminho de volta de nossos corpos até a separação - separação que, para nós, é sempre no bom sentido. "Te amo, não some, me liga." "Vê se conserta seu computador e vamos combinar mais vezes."
E as expressões faciais clichês de quem sabe que despedidas são só a deixa para um novo encontro: dois sorrisos.